As tendências para a indústria de Shopping Center para esse e os próximos anos.
O Varejo é um setor extremamente dinâmico. Tal qual as coleções que se revezam nas vitrines e no interior das lojas, o segmento está sempre em movimento, trazendo inovações.
A intenção é estar sempre à frente do consumidor, que também tem o seu próprio timing de renovação e transformações comportamentais. Mas, com tantas mudanças, para onde vamos? Como será que as lojas e os shoppings se parecerão nos próximos anos? Com o intuito de debater esse aspecto do varejo e apresentar as principais tendências para toda a indústria de shopping center, a Alshop reservou um pilar do Brasilshop São Paulo 2017 para o tema. Foram cinco painéis abordando o “ponto futuro”, as tendências que estão chegando ao mercado e o futuro esperado para os shoppings, as lojas, os meios de pagamento e os consumidores.
Em pauta, os novos formatos dos shopping centers, a proposta dos outlets, a interferência da tecnologia nesse caminhar, a relação com o comércio eletrônico e as alterações operacionais que serão necessárias para que essa transformação se dê de forma clara, rápida e sem grandes impactos negativos. Ao contrário: a ideia é antecipar-se aos problemas e propor soluções de fácil aplicação. Shoppings, Outlets e Integração Virtual Alexandre Cardoso (Alshop), Andrés Andrade (Gazit), Henrique de Jesus Carvalho (CCP) e Waldir Chao (Center Norte) debateram “Os Shoppings no Brasil Atual”, pontuando a passagem de “Centro de Compras” para “Centro de Experiências”. Esse parece o caminho natural dos malls: oferecer cada vez mais opções de lazer e entretenimento, atraindo visitantes que podem se transformar em “consumidores” – ou não. A ideia é preparar essa transição de maneira assertiva, pautando parte das ações em inovação tecnológica. Essa transição e a integração com o mundo virtual foi tema da segunda palestra, dividida entre Aureo Fittipaldi (Think Di-gital), Luiz Antonio Nigro (DNA Shopper) e Pedro Daltro (CCP). Eles contaram a experiência das operações que já possuem aplicativos próprios, oferecem promoções especiais e utilizam geolocalização para personalizar anúncios e interagir com os consumidores. Outra opção possível, mais ainda pouco utilizada, é o uso da tecnologia para integrar os shoppings com as redes varejistas, ofertando o “compre online, retire na loja” com assertividade. O caminho ainda parece longo até a total integração do físico com o digital, porém os primeiros passos já estão sendo dados – e com mais sucesso do que fracasso. A proliferação de outlets, reproduzindo a cultura de consumo norte-americana, também foi tema do painel apresentado por Alexandre Cardoso (Alshop), Alexandre Caiado (Gold Sea) e Marco Antonio Pathé (More Retail). O modelo de negócios atrai os consumidores e, também, os varejistas, que encontraram um novo formato para escoar a produção, independentemente da data de lançamento da coleção.
Pagamento facilitado
“O Brasilshop São Paulo é um evento muito especial porque está ajudando no desenvolvimento do setor varejista e trazendo inovação para que o segmento seja mais produtivo”,
ponderou Augusto Lins, da Stone. Mediador do painel “Carteira Digital”, ao lado de Osvaldo Spindola (ABDI), Lins abordou as novidades em meios de pagamentos e a possibilidade de usar as “maquininhas” e outros suportes para receber pagamentos e captar informações dos consumidores. “Falamos sobre a carteira digital e o impacto dela para aumentar a produtividade e o relacionamento com os clientes. A Carteira Digital está transformando o relacionamento entre varejista e consumidor”, avalia. Ele completa dizendo acreditar que “essa solução vai ajudar o varejista a vender mais e fidelizar cada vez mais o seu cliente, além de ser uma ótima ferramenta para conhecer mais a fundo os hábitos dos consumidores”, pontuou.
Consumidor: novos rumos
E se tudo muda, se transforma e evolui, imagine o consumidor! Sim, eles, que são o foco do varejo, dos shoppings e outlets, estão em constante mudança. E foi sobre esse tema que palestrou Marcia Sola, do Ibope Inteligência. Marcia apresentou os principais perfis de consumo, aqueles que terão mais força e representatividade de agora até 2022. A apresentação foi um alerta para a indústria estar atenta: um exemplo são os ‘nichos’. Além dos millenials, que têm uma maneira de consumir diferente das gerações anteriores, é preciso estar atento a outras minorias – como idosos e obesos. E manter sempre um atendimento impecável, cada vez mais informativo e pessoal. “Como Ibope eu trouxe uma palestra sobre tendências de consumo, o que o varejo pode esperar para os próximos anos e sobre as mudanças no comportamento do consumidor que são importantes para que o varejo possa planejar o seu negócio e ter mais sucesso”, resume a especialista. Ela conclui falando sobre a importância do Brasilshop, evento que “tira os empresários e profissionais do escritório e faz discutir iniciativas e temas que são muito importantes para a estratégia da empresa, para o crescimento da empresa. O evento faz os empresários e os profissionais olharem para aspectos que não têm tempo de olhar no dia a dia. Eles começam a ver tendências e falar de cases de sucesso”.
Troca e integração. Ações mais do que necessárias para a evolução do varejo. Em todos os sentidos.