O que aconteceu

ECONOMIA E DIA A DIA

Por 3 de agosto de 2017 Nenhum Comentário

Em painel compartilhado por um economista e um varejista, percebemos dois pontos de vista e o mesmo cenário.

Macroeconomia 

Logo após a abertura do Brasilshop São Paulo 2017, teve início a Super Session, única palestra que pode ser acompanhada pelos quase dois mil presentes simultaneamente. No palco, o economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato, falou sobre o atual cenário político explicando a evolução da situação desde 2011 até agora. Ao seu lado, o CEO da Riachuelo, Flávio Rocha. Ambos chegaram a uma conclusão comum: a perspectiva é de retomada da economia, com melhoria para todos os setores produtos. Honorato iniciou a apresentação ressaltando que todo o setor varejista está muito disposto a colaborar com o crescimento econômico do país e frisou, em nome do Bradesco, a importância de fazer parte desse momento. “Enfrentamos muitos desafios mas os sinais de retomada se acumulam gradualmente. É seguro afirmar que, depois de um ano de ajustes na economia, os sinais de recuperação começam a aparecer”, avaliou. Logo após essa consideração, o economista caracterizou a crise, a qual chamou de “a mais severa que já vivemos devido aos aspectos fiscais, microeconômico e político”, e lembrou aos presentes a década de ouro do varejo. Segundo ele, o descompasso entre a produtividade e o salário pago aos trabalhadores, especialmente entre os anos de 2011 e 2014, afetaram fortemente os lucros, comprimindo-os. Esse aspecto foi o responsável direto pelo início do processo de demissões, iniciado em 2015. Fernando Honorato fez uma provocação à plateia: “Quanta diferença um ano pode fazer?”. Ele acredita que nesses 12 meses de Governo Temer, obtivemos: Contas externas mais ajustadas; Ausência de preços reprimidos; Forte ociosidade gera uma tendência desinflacionaria; Vigência do teto dos gastos e ajuste para-fiscal; Economia mais equilibrada – estoques e empregos mais compatíveis com a produção; Espaço para a queda de juros. “A economia está menos desequilibrada”, ponderou Honorato, após pontuar cada um dos tópicos. O economista acredita que as famílias estão prontas para voltar a consumir, pois estão voltando a ter confiança na geração de empregos e renda. “A inadimplência é um dos sinais que mostram isso, pois já está retrocedendo”, revelou. Honorato pondera que a retomada do crescimento se dará em médio prazo, daqui a dois anos. Mas avalia: o segundo semestre de 2017 já terá resultados positivos, com melhoras substanciais em 2018, tudo baseado no aumento da taxa de investimento.

No balcão
Flávio Rocha iniciou a sua explanação afirmando que ele e Honorato têm “pontos de observação distintos, mas claramente convergentes. São claros os sinais de que existe luz no fim do túnel e, dessa vez, não é um trem que vem em nossa direção”, brincou. O varejista acredita que o varejo está na “ponta de lança” de uma profunda revolução, talvez a de maior impacto na produtividade e melhora econômica da humanidade desde a revolução industrial. Em seguida, falou sobre o modelo de atuação do Grupo Guararapes: do fio até a décima parcela do pagamento, “passando por todos os elos da longa e conflituosa cadeia têxtil até o intricado sistema financeiro”, disse. Rocha também abordou a recente entrada da Riachuelo no e-commerce e lembrou que “informação é poder”, referindo-se a toda a informação sobre o consumidor que as transações digitais fornecem as marcas. O empresário lembrou uma pesquisa feita com 600 executivos de compras das principais redes de varejo. Esse estudo apontou os meses de abril e maio de 2016 como os mais problemáticos de toda a crise mas, agora, esses profissionais voltaram a acreditar na retomada do crescimento. “Quando eles acreditam, a roda volta a girar: compras, geração de emprego, incentivo ao consumo, etc”, resumiu. Mais uma vez, Flávio Rocha falou sobre o Livre-Mercado e da importância desse sistema como “desinfetante natural contra a corrupção” e encerrou a sua apresentação com afirmações positivas. “Sou um otimista e percebo que a mudança está vindo de baixo para cima, a partir do eleitor cidadão, que está aprendendo a cobrar eficiência e gestão do Estado”, elogiou. “Esse painel contribuiu para termos duas visões distintas mas totalmente convergentes no sentido das perspectivas futuras. O Fernando, com a sua visão mais macro e panorâmica, e um varejista como eu na trincheira do dia a dia mais hands on no mercado. Acredito que foi um painel bastante interessante. Houve um consenso que os sinais de retomada estão cada vez mais evidentes”, finalizou o CEO da Riachuelo.
O Brasilshop São Paulo 2017 teve patrocínio ABDI, Bradescard, Bradesco Cartões, Caixa Econômica Federal, Correios e Rede.

Parceria: SEBRAE

Partner Shopping: Savoy (Aricanduva, Shopping Interlagos, Central Plaza Shopping, Novo Shopping Center Ribeirão Preto, Shopping União, Nova 25 de Março, Rede Interlar e Auto Shopping São Paulo), Aliansce Shopping Centers, Brasterra Empreendimentos Imobiliários, Center Norte, General Shopping, Grand Plaza Shopping, Litoral Plaza Shopping, Mauá Plaza Shopping, Shopping Cidade São Paulo, Shopping D, Shopping Parque Dom Pedro, Shopping Pátio Paulista e Tietê Plaza Shopping.

Partner Varejo: Anacapri, Arezzo, Burger King, Chilli Beans, Código Girls, Copel, Cybelar, Fast Shop, Kalunga, Magazine Luiza, Petz, Polishop, Polo Wear, Pontal, Schutz, Tennis Station e World Tennis.

Patrocínio Palestra: Desenvolve SP, Shopping Fiesta, Shopping SP Market, Stone e Trust Iluminação.

Fornecedores: Akna, AVSC e Tok&Stok

Apoio: ABRAS, ABRASEL, ANAMACO, CACB, Casa Bauducco, CuordiCrema, Design Brazuca, Fredissimo, Mr. Cheney Cookies, Nutty Bavarian, One Brand, Rei do Mate, WTC e WTC Events.

Expositores: BestServ, Gescon, Inglês S.A., Opinaia e Raccon Food Hall: Bacio di Latte, I2GO, Johnny Rockets, Magrella Pizza e Oliver Brown

Deixar uma resposta